Perguntas Base:
•Qual foi sua motivação para escolher Economia como um curso?
•Correspondeu as suas expectativas? O curso era o que você esperava? Se possível aponte dois pontos negativos e dois positivos.
•Você considera a nota do curso no Enade, de quando você ingressou, justa, correspondia com a qualidade do curso?
•Antes você pesquisou sobre o mercado na área? Como você o vê agora?
•Em que região do país existe maior carência por profissionais da área de economia?
Respostas do Entrevistado:
Bom, meu nome é Lucas, tenho 20 anos e moro aqui em Ribeirão Preto mesmo.
- A minha motivação foi a grande quantidade de áreas nas quais um economista pode atuar. É bem verdade que tem muito espaço na iniciativa privada pra alguém formado em economia, mas o setor público também tem uma demanda grande por economistas, sem falar nas oportunidades oferecidas por ONGs, organizações internacionais etc. Então foi esse horizonte amplo de atuação o maior determinante na minha opção pelo curso.
- De certa forma, o curso correspondeu às minhas expectativas. Eu já imaginava que havia um forte foco em exatas, mas, pra ser sincero, eu pensava que haveria uma maior ponderação entre exatas e humanas. Nesse sentido, eu fui surpreendido negativamente. Mas é necessário ponderar que essa é uma particularidade do meu curso: tem outras escolas de economia que priorizam muito menos a parte de métodos quantitativos em comparação à USP. Apesar desse foco não me agradar, há um ponto positivo: o curso da USP aqui de Ribeirão foi montado pra que, de certa forma, o aluno tenha uma razoável liberdade para escolher as matérias que deseja cursar como optativas. O que acontece, então, é que de fato você vai ter que fazer muitas matérias obrigatórias que podem não te agradar tanto (ou não corresponderem àquilo que você pensava sobre a faculdade); no entanto, você tem a possibilidade de pegar um bom número de matérias, inclusive de outras faculdades, pra compor sua grade. Um outro ponto positivo do curso é que, assim como há uma ampla possibilidade de atuação, há um sem número de possibilidades para aqueles que desejam fazer uma pós graduação em alguma outra área (seja em ciência política, relações internacionais, estatística ou sei lá).
- As universidades estaduais não participam do Enade, se não me engano. Então, no meu caso, o Enade acabou sendo irrelevante.
- Na época do ensino médio, até por conta da indecisão quanto a qual curso fazer, eu pesquisei bastante sobre o mercado. Hoje, como quase em todas as outras áreas, o mercado está um pouco estagnado para os economistas.
- Essa é talvez a principal questão para aqueles que optam por estudar economia. As oportunidades estão bem concentradas em alguns poucos centros (as capitais, notoriamente, principalmente São Paulo). Não que seja impossível conseguir trabalhar no interior do país: existe muita oportunidade pra economista em quase todos os lugares. O problema é que as opções mais interessantes ficam todas restritas, invariavelmente, a São Paulo
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