Ensino superior: ainda estamos nos primeiros degraus
Em análise às entrevistas relativas à educação superior, realizadas com pessoas de gerações passadas, pôde-se concluir que, para estas, a educação em geral era uma realidade para poucos, o que se intensifica em relação ao ensino superior, que se fazia viável apenas para a elite.
Além disso, a necessidade de se entrar no mercado de trabalho precocemente para auxiliar nas despesas familiares, a educação precária e a falta de incentivo e orientação são apontadas pelos entrevistados como obstáculos para se ingressar no ensino superior. Outrossim, para eles, se fossem-lhes ofertadas tais oportunidades, estariam trabalhando com o que realmente anseavam, e teriam melhores condições financeiras atualmente.
Já em comparação ao presente, apesar de ainda serem estreitas, as possibilidades de se adentrar o ensino superior aumentaram. Com a implementação de políticas públicas de incentivo à educação, muitos jovens de classe baixa conseguiram fazer faculdade, cursos e especializações, transformando a realidade social de suas famílias.
Entretanto, o governo atual tem contigenciado verbas para a educação e pretendido mercantilizar o ensino superior público federal, evidenciando um retrocesso no desenvolvimento que pode provocar a reincidência da história da geração passada.
Com base nos resultados obtidos através das entrevistas e discussões, foram elaboradas duas frases que representam as duas gerações em relação ao ensino superior e que elucidam as ilustrações do díptico:
• frase da geração passada: "Educação superior: não imaginavam que se referia à classe"
• frase da geração atual: "Estudante contemporâneo: orientado a superar o sistema"
Ana Julia Areco - n° 04
Carolina Dias - n° 10
Frederico Barbosa - n° 12
Victor Hugo Oliveira - n° 37
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